todos os indivíduos são dotados de senso comum, o que nos permite sempre ter perceção sobre alguns assuntos, e no que diz respeito á comunicação pensamos que toda a pessoa tem incessantemente algo acrescentar, de certa forma o senso comum é o que nos guia, o que nos leva a curiosidade pelo científico, e muitas das vezes é essa curiosidade que nos recruta aprofundar os nossos conhecimentos, assim depois de algum estudo ficamos mais á vontade para abordar a temática. A comunicação e algo imprescindível do ser Humano e desde sempre existiu, podemos dizer é que a forma como o fazemos é cada vez mais diversificada, mas que a necessidade de cruzar informação sempre viveu, é e por isso que existem alguns componentes que lhe são particulares e que serão abordadas ao longo do trabalho, vem como os fatores facilitadores e lesivos que influenciam a sua transmissão e compreensão. Mas afinal o que significa comunicação interpessoal, “COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL é essencialmente um processo interativo e didático (de pessoa a pessoa) em que o emissor constrói significados e desenvolve expectativas na mente do receptor.”,
Apresentada esta breve introdução vamos aprofundar um pouco sobre o processo de comunicação, e é desta forma que destacamos os seguintes elementos presentes no processo de comunicação que na nossa opinião são uma mais-valia na sua compreensão, ou seja a presença destes elementos bem como a sua definição mostram que o processo de comunicação não seria possível sem as suas presenças, bem como o seu eficaz desempenho, assim sendo distinguimos os seguintes elementos: O Emissor (é a pessoa que se empenha no envio da mensagem na comunicação), o Receptor (é o alvo que recebe a mensagem), a Mensagem (é o conjunto de informação difundida), o Código (é um grupo de símbolos ou sinais capaz de ser organizado de modo a ter significado, quando codificamos uma mensagem (papel do Emissor) decidimos quais os elementos a utilizar e como é possível combiná-los, enquanto o receptor utiliza o código para compreensão da mensagem, descodificando-a, o Meio/Canal (é a base onde a mensagem é levada do emissor ao receptor), o Contexto (é todo aquilo que envolve e influencia a posição da comunicação), e o Feedback (é informação de retorno que permite ajustar a mensagem- eficácia da informação).
Podemos ainda explicar dois conceitos importantes no processo de comunicação, o Ruído e a Redundância, em relação ao ruído este, por causas diversas (demasiado barulho, som demasiado baixo, etc.,) pode nitidamente afetar a comunicação, no que diz respeito á redundância, esta tem um papel importante na qualidade da comunicação uma vez que clarifica e fortalece as ideias pretendidas, os seus elementos podem ser do tipo linguístico, gestual e sonoro e o seu papel é reforçar as ideias de forma a reduzir a perda de informação.
Estes são então os elementos que na nossa opinião compreendem o processo de comunicação, mas e aqui que a pergunta se opõe, apresentados todos estes elementos como pode uma informação não chegar ao seu destino ou não ser compreendida?! Pois é nesta fase que é importante realçar que desde sempre existiram as chamadas “ barreiras à comunicação”, estas barreiras designam-se por obstáculos que dificultam a comunicação, estes são a diversos níveis como vamos anunciar posteriormente.
Podemos encontrar barreiras ao nível do emissor e recptor, quando se presenciam dificuldades na construção da ideia, na codificação, expressão, audição, descodificação e interpretação, estes são fatores que prejudicam a comunicação é que muitas das vezes estão associados ao nível pessoal de cada individuo que tem transporta consigo toda uma bagagem pessoal, contudo em todas estas condições é necessário um esforço sólido se a sua intenção for a eficácia da comunicação; ao nível do contexto, podemos dizer que estes podem incentivar ou limitar a comunicação, assim como podem ser mais adequados ou menos, acima de tudo tem que existir perceção dos sujeitos para que estes possam perceber qual o melhor momento; ao nível do meio, deparamo-nos com dificuldades, quando este não é o mais adequado, aí os sujeitos têm de ter capacidade de perceber a coesão entre o tipo de mensagem e os seus objetivos; ao nível do código podemos afirmar que este é um elemento importantíssimo, não desfazendo os outros, é que “este” código é o meio de transmissão da mensagem, e se não for dominado pelo receptor e pelo emissor dificilmente será possível a eficácia da comunicação, uma vez que o receptor não terá hipóteses de descodificar a mensagem do emissor, por outro lado temos a mensagem, que pode sem duvida tornar-se uma barreira a comunicação, por diversos aspetos, culturais, morais, pessoais etc., a mensagem tem de ser apropriada capaz de motivar o outro.
Assim sendo, afirma-mos que existem diversos obstáculos á comunicação, mas também já afirmamos que a comunicação é uma mais-valia para o Homem, então e como em tudo na vida temos que ter capacidade de saber ultrapassar obstáculos, e cada um por si deve saber ultrapassa-los, existem então atitudes individuais que são facilitadoras da comunicação, como a estima por si próprio, que equivale á imagem que temos de nós próprios que por sua vez é influenciada pelo próprio meio em que crescemos, contudo todos somos diferentes e nem todas as pessoas possuem a mesma estima por si, e isso pode influenciar a comunicação, o facto de se possuir um bom nível de auto estima facilita toda a comunicação, pois consegue-se exprimir com clareza e aceitar as diferentes opiniões e ideias mesmo que essas não sejam as que defendemos, de qualquer das formas deve-se sempre saber ouvir o outro e respeita-lo, só assim é possível alcançar relações férteis.
A capacidade de escutar é outra aptidão que nem sempre é visível, e prejudica qualquer que seja o processo de interação do Homem, e é neste sentido que devemos possuir certas competências (saber deixar falar, não interromper o outro, não criar juízos de valor etc.,) para facilitar o processo de comunicação, ter a capacidade de ouvir não é apenas isso, é prestar atenção ao que o outro diz para descodificar a mensagem e interpretá-la, pois quem emite deseja sempre atenção de quem recebe.
Por último, temos a capacidade de dar feedback, já referimos anteriormente que o Feedback é informação de retorno que permite ajustar a mensagem, pois todos sabemos o quanto é difícil emitir uma mensagem e não receber um sinal do receptor, existe diversos sinais que se podem utilizar para dar feedback, e por mais ou menos intensos que eles sejam são sempre desejados, pois mesmo que não acrescentem nada á informação, reforçam e cativam a comunicação.
Depois de apresentados todos estes conceitos, não poderíamos esquecer que toda a informação pode ser formada através da comunicação verbal, não-verbal, oral e não oral, e seja qual a for a forma de comunicar, esta tem de ser sempre compreendida.
Assim sendo, a comunicação verbal (oral-não oral) é toda a comunicação que obedece a um código linguístico, onde a informação é transmitida através da fala, escrita e ou da língua gestual.
A comunicação não-verbal (oral-não oral) é toda a comunicação que não possui código linguístico mas que muitas das vezes está associada as expressões inatas do ser humano, como o rir e o chorar, normalmente representam a felicidade e a tristeza, nestes tipos de comunicação a informação é expressa através dos gestos, postura, toque, expressões faciais, do olhar e do tom de voz, ou seja, de todos os atos que estão para além das palavras. Este tipo de comunicação na nossa opinião não é mais nem menos importante, é muitas vezes necessário e imprescindível, pois ainda se defende que um olhar vale mais que mil palavras.
Concluindo, depois de abordar alguns conceitos do Processo de Comunicação, concluímos que existem comportamentos que prejudicam e facilitam a Comunicação, todo o processo de comunicação tem diversas variáveis que tem de ser aperfeiçoadas ou mantidas consoante as situações, o certo é que depois de estudar esta temática sabemos que hoje fizemos melhor que ontem e amanhã será melhor que hoje, nem sempre é fácil comunicar, mas como futuros profissionais na área da Educação Socioprofissional temos que aprender a lidar com as mais diversas situações e comunicar é o passaporte para resolução das mais inconstantes problemáticas que podemos encontrar.
Para comunicar é necessário “um e outro”, e é também necessário que a transmissão tenha sentido e significado para ambos, só assim será possível estabelecer relações de confiança, e no que diz respeito a nossa futura profissão é o que mais necessita-mos, que o “outro” confie em nós, podemos utilizar as mais variáveis formas de comunicar, mas temos que ter a ceteza que o outro nos compreende e que somos compreendidos, pois a compreensão é aptidão para sentir o que “outro” pensa e sente, e isto é sem dúvida sensibilidade social.
Este trabalho foi sem dúvida uma mais-valia a nível pessoal, e será certamente a nível profissional, pois sempre pensamos que comunicar era fácil, mas não, seja qual for a forma de comunicaçao esta tem de ter sentido, e acima de tudo tem de ser cuidada.
Dias, J.M. (1999). A Comunicação Pedagógica. Coleção Formar Pedagogicamente. Instituto de Emprego e Formação Profissional.